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Perfil.

O universo das artes plásticas sempre me provocou irresistível admiração. Logo, percebi que poderia transformar essa paixão em realidade.

 

 

Composição em preto, verde e laranja

2015 

Óleo / tela 

50 x 70 cm

Assinatura canto inferior direito

Composição em cinco cores

2014

Acrílico / tela

60 x 80 cm

Assinatura canto inferior esquerdo

 

Composição em preto, vermelho, azul e laranja
2014 
Óleo / tela 
50 × 70 cm 

Assinatura canto inferior direito

Quem sou eu.

Mais conhecido como Lúcio, sou pintor e desenhista, nascido em 1958 no bairro Comari situado em Campo Grande no Rio de Janeiro. Introvertido, filho de pai alfaiate e mãe do lar, fui criado com meus pais e uma irmã seis anos mais nova em um lugar amplo, com espaço para brincar e se divertir.

Em torno do meu nascimento realizado na residência de meus pais, comentam que foi um parto pélvico difícil e demorado, que a parteira chamada Manuela, dedicou sua atenção, salvando eu e minha mãe da morte.

Como a arte entrou em em minha vida.

Lembro-me de quando eu tinha treze ou quatorze anos, ao contemplar o tio de um amigo pintando algumas telas, influenciado e com grandes dificuldades para adquirir matérias de estudo, iniciei no universo das artes plásticas lendo revistas e livros de História da Arte.

Em 1977, levado por um amigo, principiei meus estudos de desenho e pintura com a professora Ceres na Casa Cruz em Campo Grande, local em que no ano seguinte, com duas pequenas paisagens, realizei minha primeira amostra coletiva.

Como era natural que acontecesse, em meu primeiro contato com o movimento artístico, ainda me mostrava ligado a pintura de paisagens e natureza morta. As primeiras obras desse período, assinadas como Lúcio, apresentam em sua maioria vasos com flores e ambientes campestres, rurais e cidades históricas. Pequenas reinterpretações a óleos, pintadas a partir da visualização de fotos de revistas de arte.

Na década de 1980, desenvolvi também o gosto pela fotografia, e, por pensar que a abstração traduz a verdadeira linguagem artística, empolgado e atraído, gradativamente fui me integrando a esta corrente. Neste período, assinando; Lúcio Carvalho seguido de Rio e data, minhas pinturas passou por novas transformações, começou a conquistar espaço próprio. Atualmente assino Lúcio Carvalho seguido de ano.

 

 

 

Título: O circo

2015

Acrílico / tela

50 x 50 cm

Assinatura canto inferior esquerdo

 

 

Descrição do meu trabalho.

O que é arte se não aprender a mergulhar dentro de si mesmo para alcançar as profundezas do seu ser. Assim, meus trabalhos são todos centrados em memórias afetivas e cúmulos. Devido as várias influências, os meios e as tendências que utilizo podem mudar simultaneamente de uma pintura para a outra, o que importa é conseguir transbordar e expressar através das cores e formas meus sentimentos e desejos, é uma busca por materializar uma ideia, uma mistura de prazer e sofrimento que perturba.

O que mais chama a atenção em meu trabalho, é a liberdade de experimentação da cor e da forma. Sempre extrapolando procedimentos, passeio por todas as possibilidades sem limites.

As ruas me inspiram, observo as cores dos muros e das casas e procuro trazer estas cores para o meu trabalho que, sem um sentido central, refletem meu humor e a minha perspectiva infantil.

Minha condição marginal em relação os fatores de influências, parece facilitar o florescimento de meu espírito inventivo e a espontaneidade, nascida do próprio impulso artístico face à atividade criadora, chama atenção pelos traços finos, pela combinação de imagens e cores.

Pela liberdade de explorar as minhas ideias, não tenho o menor compromisso de representar a realidade aparente; concreta.

Sem atender os limites das linhas, para mim, o mais importante são as cores e as formas, meus gestos e expressões são combinados e o dinamismo ritmado, harmonioso e as cores vivas, possuem o intuito de estimular sensações e emoções. Fazer arte é inventar algo que agrada os olhos.

 

Formação.

Quando criança, falava que gostaria de ser médico. Contudo, o tempo passou e na adolescência a vontade era fazer Artes Plásticas, mas achei que morreria de fome, então fiz Enfermagem para arrumar um emprego com facilidade. Hoje, com obras espalhadas pelo o Brasil e exterior, me considero um artista plástico autodidata com diploma de enfermagem e não me arrependo por ter feito, pois, como funcionário do Ministério da Saúde, tive condições de constituir família e paralelamente seguir a carreira artística.

 

Influências.

Cada trabalho de arte começa com uma centelha de inspiração. Mesmo as maiores mentes olham para os influenciadores como referência para ajudar a dar luz aos seus trabalhos. Aquele que deseja criar, tem um mundo de inspiração ao seu alcance. Assim, incorporando importantes ferramentas necessárias, meu trabalho transita por várias tendências, ora passando pelo Informalismo, Neoplasticismo e Neoconcretismo, ora pelo Futurismo, Cubismo e Suprematismo. Estas tendências foram importantes para a evolução de minha expressão artística, me liberaram das técnicas convencionais das paisagens e permitiram buscar o mais espírito da arte.

 

Artistas pelos quais fui influenciado.

Entre tantos os artistas que de alguma forma influenciaram e me inspiraram, destaco o período metafísico de Giorgio de Chirico, a habilidade de Paul Klee em manipular as cores, o Fauvismo de Kandinsky baseada na alegria de viver e nas emoções, Courbet na captura de um realismo cru, a decomposição da realidade humana realizada por Pablo Picasso, Joan Miró em sua redução dos elementos da linguagem artística a pontos, linhas, símbolos e cor o Surrealismo de André-Aimé-René Masson, Giorgio de Chirico, e Dalí com sua incrível combinação de imagens bizarras, oníricas, com excelente qualidade plástica, a espontaneidade do gesto, ao se deixar levar pelo subconsciente, o emprego expressivo da matéria, a inexistência de ideias preconcebidas e a experiência do feito dos informalistas Lucio Muñoz Martinez e Enrico Accalino, o processo de desnaturalização e libertação de todas referencias figurativas e detalhes individuais dos objetos naturais do neoplasticista Piet Mondrian, a subjetividade no processo de criação artística dos neoconcretistas Theo van Doesburg, Waldemar Cordeiro, Lygia Pape, Helio Oiticica, Lygia Clark e Sérgio de Camargo, a utilização de cores vivas e contrastes e a Sobreposição de imagens, traços e pequenas deformações com o objetivo de transmitir a ideia de movimento e dinamismo dos futuristas Anita Malfatti, Umberto Boccioni, Luigi Russolo, Giacomo Balla, as produções artísticas sem qualquer vinculo com a ação, mas, com o resultado visual da forma dos suprematistas Kazimir Malevich, El Lissitzky, Nikolai Suetin, Ivan Puni, Olga Rosanova, Ivan Kliun que defendem a superioridade das emoções pura, natural, própria e a separação de qualquer esforço para adotar os gestos, as formas físicas, a natureza e também as ilusões formais, das preocupações naturalistas com a luz e a cor, características típicas do movimento impressionista e o objetivismo do cubismo. Por fim, não posso deixar de citar a realidade e a abstração de Antônio Bandeira.

 

Retorno.

A pintura sempre esteve muito presente e desempenhou ao longo dos anos, um grande papel em minha vida. Mas, devido aos vários fatores que foram surgindo, passei alguns anos sem pintar. Entretanto, incentivado por minha companheira, em meado de 2013 recuperei minha atividade e minha galeria de criações artísticas, em sua maioria em acrílico sobre tela, já acumula várias dezenas, e é claro que gostaria de ter mais tempo para pintar, porém, tenho meus afazeres do dia a dia e meus compromissos e responsabilidades no hospital onde trabalho a mais de trinta anos. Assim mesmo, venho gastando o tempo vago elaborando, criando, e mesmo quando não estou pintando, minha mente não para de pensar sobre as obras que se seguirão. Aos poucos, sempre procurando buscar a perfeição dos traços e cores, vou-me aperfeiçoando nesta longa caminhada.

 

Como vejo a nova era digital.

Com as redes sociais, a relação com o publico acaba se tornando mais próxima, e, mesmo não gostado de postar fotos pessoais e de fazer comentários sobre a minha vida, obviamente as redes sociais em muito ajudam a divulgar o meu trabalho e pretendo continuar a me beneficiar deste recurso. Entretanto, não posso deixar de afirmar que a proximidade com o publico em galerias ou em qualquer outro local expositivo, ainda continua sendo primordial para qualquer artista.

 

Metas e objetivos em relação à arte.

Talvez o mais forte em minha pintura seja a cor e a formar, e eu gosto que os outros apreciem. Outra coisa que eu acho que tem a ver, é a energia que ela potencialmente possa gerar. Para continuar o seu desenvolvimento e deixar algo de positivo nas pessoas, necessito evoluir e compartilhar com o mundo ao lado de obras de outros.

 

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